O som agudo rompe o silêncio como uma facada elétrica.
“OBJETOS AÉREOS NÃO IDENTIFICADOS EM ZONA MONITORADA.”
Ravi saltou da cadeira como se tivesse levado um choque.
— Que porrah é essa?! — exclamou, os olhos varrendo as telas.
Tropica nos cabos enquanto se lança até o monitor lateral. A câmera externa exibe o céu noturno sobre a fazenda — dois pontos vermelhos pulsando no alto, como olhos de um predador invisível.
Ele amplia.
Drones. Dois. Sobrevoando área crítica.
O maxilar de Ravi trava. Os punhos cerram.
— NÃO... NÃO AGORA, FILHOS DE CHOCADEIRA!
Ele corre até o painel de controle. Frequência civil. Sem autorização. Imediato cruzamento de sinais. Só podia ser…
— Eduardo… seu FILHO DA PUTTA!
A mão voa até o celular com tanta raiva que o aparelho quase entorta. Disca. Viva voz. A linha chama. Uma. Duas vezes.
— Alô?
— TÃO ACHANDO QUE ISSO AQUI É O QUÊ, KARALHO?! UMA FEIRA LIVRE?! DESLIGA ESSA PORRAH DESSA MERDA AGORA, EDUARDO! VOCÊ TÁ QUERENDO F0DER A OPERAÇÃO?! EU RASTREIO TUDO, PO