O relógio marca pouco depois das cinco da manhã quando a luz tênue do sol começa a invadir, silenciosa e atrevida, as frestas da cortina da suíte presidencial. O dia ainda boceja lá fora, mas ali dentro... ali dentro o inferno particular de um homem está apenas começando.
Jonathan Schneider desperta com a respiração presa, como se tivesse sido arrancado de um sonho molhado para cair direto em outro, ainda mais cruel. Ele vira devagar, a cueca já colada ao corpo pelo desejo represado da madrugada, e se depara com a cena que poderia ser tranquilamente exposta em uma galeria de arte, se não fosse privada demais para olhos que não os dele.
Marta está ali. Dormindo, com a tranquilidade dos anjos e a sensualidade dos demônios. Nua. Bela. Perigosamente bela.
A pele dourada pelo sol nascente, os cabelos desalinhados formando uma moldura sensual ao redor do rosto sereno, os lábios entreabertos como se sonhasse com beijos. Mas o que o destrói por dentro é a forma como o corpo dela se oferece se