O corredor sombrio que leva até a sala de interrogatório parece se estender infinitamente. Cada passo de Jonathan é um anúncio de morte, um prenúncio de agonia. A porta de aço se fecha atrás dele com um estrondo ensurdecedor, isolando o local do mundo exterior. Lá dentro, o ar é pesado, úmido, e o cheiro metálico de sangue fresco domina tudo, misturado ao odor agridoce do medo.
Na escuridão quase total, o homem amarrado à cadeira de metal luta contra as próprias amarras, inútil como um animal à beira do abate. O suor escorre em rios pela testa suja, misturando-se ao sangue que desce da testa cortada, pingando no chão de concreto. Seus olhos, arregalados de puro terror, vasculham as sombras em busca de misericórdia... mas encontram apenas o silêncio gélido da morte anunciada.
De pé à frente dele, Eduardo é a personificação da ameaça silenciosa, braços cruzados, a expressão impassível como a de um carrasco antes da execução. Ao seu lado, Ravi ajusta lentamente as luvas pretas, como um c