Ninguém suspeita de nada. É sexta feira, fim de expediente, e o prédio do Grupo Schneider vai esvaziando lentamente, como se o peso da semana estivesse sendo despejado pelas escadas. Mas Islanne, com os seus saltos altos e expressão enigmática, desce tranquila, segura, um leve sorriso no canto dos lábios. Não é o sorriso de quem está aliviada por ir para casa. É o de quem planeja algo perigoso, quase imperdoável.
Dante a acompanha até a sua mansão. Ele sempre o faz.
— Vai precisar de mim no final de semana, Islanne?
Ela responde com aquele tom doce que sempre precede alguma coisa errada:
— Não, Dante. Pode ficar tranquilo. Final de semana livre. Aproveita. Se surgir algum imprevisto, te ligo, quero passar o fim de semana em casa relaxando.
Ele agradece, aliviado. Mas mal sabe ele que foi estrategicamente dispensado. Ela já decidiu. E quem conhece Islanne, sabe que quando ela decide algo, nem o inferno a detém.
Dante segue e ela entra em casa, o que vem a seguir é um ritual meticulosam