O carro mal termina de parar quando Dona Maria já desce os degraus do alpendre, o avental esvoaçando, o sorriso largo iluminando o rosto.
— Eduardo! — ela exclama, abrindo os braços. — Meu filho, que saudade eu tava de você, menino!
Eduardo desce do carro e é imediatamente envolvido num abraço apertado, cheio de afeto e cheiro de bolo fresco. Ele sorri, meio sem jeito, mas retribui o gesto com carinho sincero.
— Também senti saudade da senhora, Dona Maria.
— Ah, você aparece pouco. Vai ver só se não vou dar uma bronca no fim da visita.
Seu Heitor chega logo em seguida, cumprimentando Eduardo com um aperto de mão firme e direto, como todo bom homem do campo. Um aperto que diz mais do que palavras. Os dois trocam um aceno respeitoso e silencioso.
Enquanto isso, Miguel dá a volta no carro e, com toda a empolgação de um adolescente apaixonado, abre a porta para Mariana.
— Vem cá, meu bem. Tá na hora da apresentação oficial.
Ele pega a mão dela com naturalidade, orgulhoso, e caminha até os