Neuza Narrando
Quando a Priscila mandou aquela mensagem no grupo, eu juro que até derrubei o pano de prato no chão. Meus olhos encheram d’água, minhas pernas tremeram… e eu dei um grito que deve ter assustado até os vizinhos.
— Minha filha tá grávida! — falei alto, pra mim mesma, andando pela cozinha feito barata tonta.
Era como se meu coração tivesse ficado maior. De repente, veio um filme na cabeça: ela pequena, aprendendo a andar, correndo pela casa com o cabelo despenteado, brigando com o irmão por causa de brinquedo… E agora, ela ia ser mãe. Mãe! Minha menina! Peguei o celular com a mão tremendo e mandei logo no privado:
— Pri, minha filha… eu tô em prantos aqui. Que benção de Deus. Tô sentindo que vai ser uma menininha igual você. Já tô sonhando com esse bebê!
Logo depois, liguei pra ela. A voz dela tava chorosa também, dava pra ver que tava emocionada. O Everton no fundo, todo bobo, querendo dar bom dia pra mim, mas do jeito dele — cheio de respeito e carinho. Aquilo já bastav