Neuza Narrando
Eu não sei explicar a paz que senti quando soube que aquela mulher finalmente tinha sido presa. Não desejo o mal de ninguém, mas o que a Sophie fez com a minha filha, com o Everton, com aquela criança… isso não foi coisa de gente. Foi monstruosidade. E olha que eu sou mulher vivida, já vi muita coisa nessa vida, mas nunca imaginei presenciar uma pessoa tão perversa, tão dissimulada.
Desde o começo, eu senti. Mãe sente. Ela chegava com aquele sorrisinho falso, aquele olhar de quem calcula cada palavra antes de dizer… eu avisava a Priscila, mas ela não via. E quem ama, cega mesmo. Mas o tempo se encarregou de mostrar a verdade. Hoje, olhando minha filha de volta em casa, com o Everton e o Luizinho, sentados à mesa, eu agradeço em silêncio. Parece que a tempestade passou. Ainda tem ferida, tem medo, tem marcas... mas também tem amor. Tem reconstrução.
Fiz aquela janta com gosto. Com carinho de mãe, de avó, de guerreira que segurou tudo enquanto o mundo desabava. E quando