Priscila Narrando
Ver o Luiz Fernando ali, dizendo aquelas palavras, mexeu comigo. Por mais que a mágoa ainda estivesse viva dentro de mim, eu sabia que ele estava certo em uma coisa: o nosso filho precisava da gente, juntos, presentes, mesmo que não mais como casal.
Respirei fundo, tentando controlar a emoção que subia no meu peito.
— Eu também quero isso, Luiz. Quero que o nosso filho tenha uma base, que ele se sinta seguro, amado. E por mais que eu não consiga mais olhar pra você como antes… eu respeito o pai que você está tentando ser.
Ele assentiu, parecendo aliviado. E por um instante, o clima entre a gente ficou leve. Não era reconciliação, era amadurecimento.
Depois que ele saiu, fui até o quarto do Luizinho e o encontrei dormindo, abraçado com o boneco favorito. Me ajoelhei ao lado da cama, acariciei seus cabelos e sussurrei:
— Mamãe vai fazer de tudo pra sua vida ser linda, meu amor. E ninguém vai tirar isso de você. Ninguém.
A dor ainda existia. Mas agora, ela vinha acompa