Luiz Fernando Narrando
Quando o telefone tocou e vi o nome da Sophie na tela, pensei duas vezes antes de atender. A gente andava se falando mais do que o necessário nos últimos dias, e isso já estava me incomodando. Mas a curiosidade falou mais alto.
— Fala, Sophie — atendi, com a voz meio impaciente.
— Já está sabendo da bomba que vai estourar? — ela disse com aquela voz cheia de veneno que eu já conhecia bem.
— Que bomba?
— A imagem de santa da Priscila vai pelo ralo. Hoje ainda. A imprensa vai ter acesso a coisas que nem você sabia.
Fiquei em silêncio por alguns segundos. O coração acelerou. Mesmo com toda a mágoa que eu sentia da Priscila, eu não queria ver ela sendo destruída publicamente… Não desse jeito.
— Sophie, você tá passando dos limites — falei, finalmente.
— Limites? Ela passou dos meus quando se meteu entre mim e o Everton. E você também devia estar do meu lado nisso. Ela te deixou por outro cara, lembra?
— Eu lembro. Mas eu também tenho um filho com ela. E o Luizinho