Priscila Narrando
Acordei com o som baixinho da TV ligada na sala. Ainda sonolenta, me espreguicei e sorri ao lembrar da noite anterior. Everton e eu… a conexão, o carinho, a entrega. Tudo estava tão leve com ele. Diferente de tudo que eu já vivi. Mas como sempre, a realidade bateu na porta assim que levantei da cama.
Fui até a sala e encontrei Luizinho sentado no sofá, rindo de alguma coisa no desenho. Ajeitei o cabelo e me aproximei, beijando a cabeça dele.
— Dormiu bem, meu amor?
— Dormi, mamãe… o Everton veio aqui mesmo ou eu sonhei? — ele perguntou todo empolgado, virando o rostinho pra mim.
— Veio sim, filho. Ele gosta muito de você.
Ele sorriu largo, aquele sorriso que derrete qualquer mágoa. E no fundo, eu sabia… o Everton tava criando espaço ali, não só no meu coração, mas no do meu filho também.
Enquanto preparava o café da manhã, meu celular apitou. Era minha mãe. Suspirei. Depois de tudo que aconteceu com aquela exposição nas redes sociais, ela vinha sendo minha fortaleza