Everton Narrando
Quando cheguei em casa e vi Luizinho sentado no colo da Pri, com aquela carinha tranquila, senti uma paz difícil de explicar. Eu sabia que o dia tinha sido pesado pra ela — uma semana desde a morte do ex — e, mesmo com o alívio, era uma história que deixava marcas. Só que ver os dois ali, juntos, com aquele amor transbordando… era como se o mundo estivesse, finalmente, no lugar certo.
— E aí, meu campeão? — perguntei, me abaixando na frente dele.
Ele me olhou com um sorrisinho sapeca e falou do nada:
— Eu falei pra mamãe que você é meu pai de verdade.
Aquilo bateu em mim de um jeito que nem sei descrever. Foi como se tudo que eu vivi até ali tivesse me preparado pra aquele momento. Meus olhos encheram, mas segurei a emoção.
— E eu sou mesmo, moleque. Pra sempre, tá? — respondi, puxando ele pro meu colo.
Pri me olhava emocionada, e eu estendi a mão pra ela. Ela entrelaçou os dedos nos meus e sorriu daquele jeito que me desmonta inteiro. Aquela era minha família. Minha