Ana Kelly narrando
Pisar em solo brasileiro foi como voltar a respirar. O ar tinha um gosto diferente — de lar, de alívio, de reencontro. Quando as portas do avião se abriram e senti a brisa quente bater no meu rosto, meus olhos se encheram de lágrimas. Não era só um retorno físico… era a alma voltando para o lugar de onde nunca devia ter saído.
Mas nada, absolutamente nada, se comparava ao momento em que vi o Anthony parado ali, com a Antonela nos braços.
Meus pés pareciam não tocar o chão. Saí andando, apressada, com o coração disparado, e quando ele se virou e os nossos olhos se encontraram… o mundo inteiro parou. Só existíamos nós três. Corri até ele, e ele estendeu a nossa filha pra mim com um sorriso cansado, mas cheio de amor.
— Toma, amor… Ela tava esperando por você — ele sussurrou.
Quando recebi minha filha nos braços, senti meu corpo inteiro vibrar. A sensação era indescritível. Ela se encaixou no meu colo como se nunca tivesse saído dali. Encostou o rostinho no meu peito e