O sol da manhã parecia abençoar cada detalhe do evento. O prédio da fundação Raízes de Esperança estava repleto de cores suaves, flores do campo e painéis com trechos de cartas anônimas de mulheres sobreviventes. A arquitetura era leve, acolhedora. Cada sala havia sido pensada com sensibilidade, desde os tons das paredes até os materiais usados nas oficinas.
Emma chegou cedo, vestindo um conjunto branco elegante, com os cabelos soltos e um olhar emocionado. Alexandre a acompanhava, orgulhoso, com Miguel nos braços. Juntos, eles eram o reflexo da força, da reconstrução e do amor.
Pessoas influentes estavam presentes: artistas, psicólogos, assistentes sociais, empresários, representantes da mídia… Mas os olhares mais importantes eram os das primeiras jovens acolhidas pela fundação.
Meninas com olhos cansados e corações ainda assustados, mas que pela primeira vez pisavam em um lugar onde não seriam julgadas — apenas escutadas.
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Emma subiu ao pequeno palco montado no pátio interno. Um