O silêncio que ficou depois da revelação era pesado demais para ser ignorado.
Patrícia sentou-se no sofá, com as mãos entrelaçadas no colo, enquanto Enzo caminhava de um lado para o outro da sala. O rosto dele estava fechado, os pensamentos claramente em guerra. Ela o observava em silêncio, com medo de dizer qualquer coisa errada e fazer tudo desmoronar de vez.
— Eu preciso de um tempo — ele disse, finalmente, parando diante da janela.
O coração de Patrícia apertou.
— Eu entendo — respondeu, embora não entendesse nada.
— Não é sobre você — ele continuou, com a voz tensa. — É sobre tudo o que foi feito pelas minhas costas. Sobre o meu nome, o meu filho… sendo usados como peças de um jogo sujo.
Ela assentiu. Não ousava pedir nada. Já havia dito tudo.
Enzo respirou fundo e se virou para ela.
— Mas quero deixar algo claro — disse, firme. — Eu não vou virar as costas. Nem para você, nem para esse bebê.
As lágrimas voltaram aos olhos de Patrícia.
— Obrigada — sussurrou.
Ele se aproximou, se