Celina Alves
— Olha o que vocês fizeram com a minha boca e meu cabelo, suas loucas! — Gabrielle gritou, tentando arrumar as madeixas desgrenhadas enquanto cuspia sangue no chão. O rosto dela já estava quase irreconhecível, inchado, marcado pela raiva que Tamara e eu descontamos com gosto.
— Você nunca mais vai fazer mal a ninguém, sua vadia — respondi com frieza. — E não vai abrir o bico pra ninguém, me ouviu bem? Se alguém perguntar, foi o seu ex, aquele maluco ciumento. Você sabe exatamente de quem estou falando...
Tamara se aproximou, ainda ofegante, e apontou o dedo na cara dela.
— Vamos, Celina. Deixa essa cobra apodrecer no chão. Logo o médico vem socorrê-la. Vou chamar uma ambulância... Mas se você ousar mexer de novo com a família da Celina, juro por tudo que é sagrado, eu vou atrás de você onde quer que esteja. E, dessa vez, não vou parar.
Eu sabia que tínhamos ultrapassado um limite — mas não me arrependia. Se Lorenzo estivesse no meu lugar, Gabrielle estaria morta. Ele