Celina Alves
Desci do carro com cautela. O motorista não disse uma palavra, apenas me deixou ali.
Olhei em volta.
Nada. Nenhuma luz. Nenhuma música. Nenhum sinal de Lorenzo.
— O que está acontecendo? — murmurei, abraçando a mim mesma.
Coloquei os pés na areia, ainda hesitante. E antes que eu pudesse dar mais um passo, alguém surgiu diante de mim.
— Tamara?! Heitor?!
Meu susto foi tanto que levei a mão ao peito.
— O que vocês estão fazendo aqui? E por que estão tão arrumados?
Tamara sorriu, abrindo os braços.
— Celina! Que saudade! Estamos assim porque temos uma festa para ir. Agora me dá um abraço, vai!
— Tamara, onde você estava? Liguei o dia inteiro! Mandei mensagens! — falei, ainda tentando entender o que estava acontecendo.
Ela desviou o olhar, claramente desconfortável.
— Amiga, depois a gente conversa. Agora vem, curte esse momento. Estamos aqui porque fomos convidados a conhecer seu ninho de amor — disse com um sorriso malicioso nos lábios.
Tudo ainda parecia um s