Você já tentou dormir ao lado de alguém que você quer bater… e beijar ao mesmo tempo?
Beatriz Mendes estava tentando. Mais precisamente: andando pelo loft como um furacão emburrado, vestida com um pijama de seda fina, cabelo preso num coque estratégico, e a expressão de quem assinaria um pedido de divórcio com sangue, se fosse possível. Do outro lado do sofá, Caio Ferraz assistia à cena com a calma de um homem que nasceu para provocar. — “Você quer o lado esquerdo da cama ou vai dormir no sarcasmo mesmo?” — ele pergunta, com o controle remoto em uma mão e uma taça de vinho na outra. Bia bufa. — “Quero o lado onde você não respira.” — “Ah. O lado impossível então.” O loft — chique, moderno, patrocinado pela produção do reality — parecia pequeno demais para os dois egos gigantes. O cenário era aconchegante: luz baixa, cheirinho de lavanda, playlist ambiente com Frank Sinatra e um quê de “isso vai dar errado com classe”. Ela foi pro banheiro. Ele ficou no sofá. E o silêncio se instalou… Por 15 minutos. Até Bia voltar com os cabelos soltos, descalça, vestindo uma regata branca e um shortinho que não deixava margem pra muita sanidade. — “Se você continuar olhando assim, eu te processo por assédio ocular,” — ela solta, ao notar os olhos de Caio. — “Processa. Eu gosto de tribunal. Principalmente quando a juíza é gostosa.” Ela revira os olhos. Mas sorri. Quase. 00h34 — A Química Implode Beatriz estava encostada na bancada da cozinha, os braços cruzados, mas os olhos entregando o desejo que rasgava o silêncio. Caio se aproximou como um pecado anunciado. — “Se eu te encostar agora, você geme ou me esbofeteia?” — ele perguntou, num sussurro. — “Talvez os dois,” — ela respondeu, com a boca entreaberta. Ele encostou o quadril no dela. A pele se arrepiou de imediato. O beijo veio como um ataque. Primeiro lento, depois brutal. A língua dele invadiu sem cerimônia, como se soubesse exatamente onde ela era mais sensível. A mão dela subiu por baixo da camiseta dele, explorando as tatuagens com a ponta dos dedos como se lesse um mapa de tesouros esquecidos. Ela mordeu o lábio inferior dele — e riu. — “Você beija como um problema.” — “Você geme como um milagre,” — ele devolveu, já a levantando pela cintura. Ela prendeu as pernas na cintura dele com agilidade olímpica. Foi levada até o balcão, onde Caio a deitou como se ela fosse altar — e ele, o sacrílego. Os gemidos começaram abafados, mas rapidamente se tornaram ruídos crus de prazer. A mão dele por baixo da regata, os dedos firmes, explorando seios com fome e precisão. A boca dela no pescoço dele, chupando até deixar marca. — “Tira a roupa. Agora.” — “Manda de novo… com menos educação,” — ele provocou. Ela puxou a camiseta dele como se rasgasse um véu. Ele fez o mesmo com a dela — a seda caiu no chão como o orgulho. Pele contra pele. Fome contra fome. Quando ela o empurrou pro sofá, ele riu. — “A dominância te excita?” — “A submissão dele me excita mais,” — ela respondeu, montando sobre ele com os olhos em brasa. Ela se encaixou, sem pedir permissão. O primeiro movimento foi um tremor. O segundo, um terremoto. O sofá virou trincheira. A sala, uma zona de guerra erótica. Ela cavalgava como quem castigava. Ele segurava firme como quem queria durar, mas já estava rendido. — “Você vai gozar primeiro,” — ela sussurrou, mordendo o lóbulo da orelha dele. — “Duvido,” — ele arfou, enterrando os dedos nas coxas dela. Mas ela venceu. Com um rebolado final, um gemido rouco e o corpo colado ao dele como selo em carta quente. — 01h26 — Segundo Round Eles riram no chão. Suados. Exaustos. Mas com a chama ainda acesa. Ela puxou ele pelo pescoço. — “Agora… na parede.” E Caio a colocou de pé com brutalidade gentil. Beijou a nuca. Mordeu o ombro. A penetração foi de surpresa. Ela arqueou o corpo. Gritou. Gozo rápido, intenso, descontrolado. Ele veio segundos depois. Grunhido rouco. Mãos na cintura dela como âncoras. — 02h11 — Pós-guerra Deitados no tapete. Respiração entrecortada. — “Isso não vai se repetir,” — ela disse. — “Claro que não,” — ele mentiu. Porque ambos sabiam que, no dia seguinte… o corpo ia pedir replay. E eles não sabiam negar.