📍 Dia 5 – 07h03 | Quarto 1707 – Hotel Golden Vegas
O sol invadia o quarto com aquela arrogância típica de quem não respeita ressacas morais — e muito menos orgasmos clandestinos.
Beatriz estava de bruços, a perna jogada por cima da dele, cabelo emaranhado no travesseiro de linho egípcio. O lençol, aliás, mais perdido que orgulho em motel.
Caio abriu os olhos primeiro. E sorriu.
Satisfeito. E fodido.
Não por arrependimento. Mas por saber que agora, ele não queria mais sair de dentro daquela guerra chamada Beatriz.
Ela se mexeu.
Devagar.
Olhou pra ele com um dos olhos ainda fechado.
— “Me diz que foi sonho.”
— “Se foi… teu gemido vazou pro andar de baixo.”
Ela riu. Sem culpa. Sem desculpa.
Sentou-se na cama, lençol cobrindo só o necessário pra provocar o desnecessário.
— “Ok. Regra número 1: isso não muda nada.”
— “Claro. Sexo casual entre sócios de uma empresa de lucro emocional.”
— “Regra número 2: você ainda me irrita.”
— “E regra número 3?”
Ela andou até o banheiro, pelada, sem olh