DANTE KINGSTON
Fiquei observando Marina dormir. O peso no meu peito era insuportável, mas eu não conseguia desviar o olhar dela. Como todas as noites anteriores, continuei a vigiá-la até o sol raiar, como se temesse que ela desaparecesse se eu piscasse.
Quando finalmente consegui me levantar, com cuidado para não acordá-la, deixei-a dormindo na cama e fui para a cozinha. Queria preparar algo especial, algo que ela gostasse. Talvez isso fosse o mínimo que eu poderia fazer para tentar compensar toda a dor que causei.
Enquanto picava os legumes, senti um par de mãos se enrolarem ao redor da minha cintura.
— Humm… você cheira bem, como chocolate. — disse Marina, sua voz calorosa fez cócegas nos meus ouvidos.
Fechei os olhos e respirei fundo. A sensação das mãos dela em mim era quase insuportável de tão boa… e tão dolorosa.
— Pena que ainda não é hora da sobremesa — respondi, tentando manter a voz firme enquanto tirava suas mãos da minha cintura. — Você não deveria ter levantado.
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