Início / Romance / Novos Amigos / Capítulo 8: Obrigado Mãe!
Capítulo 8: Obrigado Mãe!

A confeitaria não ficava muito longe da minha casa, eu fiquei o tempo todo em silêncio. Como eu estava andando a frente eu podia sentir o olhar do Alec sobre mim e eu tentei ignorar isso o máximo que eu consegui. Quando estávamos no meu quarteirão ele quebrou o silêncio.

- Por que estamos indo pra sua casa? - Eu podia ver a curiosidade no tom de voz dele.

- Vamos almoçar! - Eu respondi meio sem graça, afinal, como vou explicar pra ele que estou sendo obrigada a levar ele na minha casa pra almoçar, ainda mais depois de eu ter achado que ele ia me beijar. Eu devo estar muito desesperada mesmo pra achar que ele ia me beijar.

- Hum… - Ele ficou em silêncio por alguns instantes, depois ele acelerou o passo dele ficando ao meu lado. - Você não parece estar desesperada! - Eu parei no mesmo instante, ele deu dois passos pra frente e então parou.

- Eu? Porque você tá falando isso comigo? Eu não falei nada em voz alta falei? - Eu estava congelada no lugar, ele se virou e veio até mim parando a poucos centímetros, ele era mais alto que eu então ele pegou o meu queijo com os dedos me fazendo olhar pra ele.

- Sim Anne. Você falou em voz alta. - Eu tentei abaixar minha cabeça, tentei não olhar ele nos olhos mas ele puxou meu rosto pra cima de novo. Meu coração parecia explodir. - Me responde uma coisa, Anne? - Eu acenei que sim com a cabeça sem dizer nenhuma palavra. - Você quer que eu te beije? - O'Que? Eu não podia responder isso.

- Eu? Eu, eu… é que eu…

- Você? …

- Eu… - Pisquei os olhos umas dez vezes para desfazer o contato dos olhos dele nos meus, eu sempre quis que meu primeiro beijo fosse especial, sempre quis que fosse algo diferente, eu sei que to meio velha pra acreditar em contos de fadas, e eu também não sou romântica, mas não é só porque eu sou feia que eu tenho que aceitar o primeiro que queira me beijar como uma caridade, mesmo que seja um Deus Grego como o Alec. - É claro que não! Tá doido Alec? Eu só vou te levar pra almoçar lá em casa porque minha mãe me obrigou, como castigo pela prova. - Ele me soltou na mesma hora, deu alguns passos pra trás e me olhou de um jeito decepcionado.

- Bom, pelo visto eu sou sua penitência não é? Pelo visto você só se aproxima de mim por que é obrigada. Uauu. - Ele estava falando alto, e parecia realmente chateado.

- Não é bem assim, Alec. - Ele caminhou em minha direção de novo.

- Então me diga Anne, porque você tá me levando pra almoçar na sua casa?

- Minha mãe. - Eu não tinha o porque mentir. - Minha mãe me obrigou Alec, ela quer que eu tente fazer amizade com você, eu nem sei o porquê! E não pense em me culpar Alec! - Eu também comecei a falar em voz alta. - você me chama de nerd, você quis que eu fizesse a prova sozinha, você não estuda mesmo sabendo que é minha obrigação te ajudar a estudar, mesmo sabendo que suas notas são minha responsabilidade, você nem tenta se esforçar pra aprender Porra! - Eu estava realmente exautada, é injusto ele me julgar por me aproximar dele por obrigação, sendo que ele não facilita em nada pra mim. Ele absorveu cada palavra que eu falei, o rosto dele era duro. Ele me deu um sorriso forçado e então falou entre dentes.

- Ótimo! Vamos.

- Vamos onde Alec? - Ele começou a andar na minha frente sem me responder, eu corri atrás dele gritando. - Será que dá pra me responder? Vamos onde? - Ele parou de repente fazendo com que a sem jeito aqui que estava correndo batesse nas costas dele.

- Vamos almoçar na sua casa Anne, como a sua mãe queria, vamos mostrar pra ela que você é capaz de fazer amizade com qualquer pessoa, inclusive um babaca e arrogante caso tenha perdido como eu. - As palavras dele doeram em mim, mas do que eu imaginei que poderia doer.

- Alec, eu nunca disse que você é um caso…

- Não fala nada! Por favor? Não fala nada. - Ele nem deixou eu terminar de falar nada.

Seguimos em silêncio, ele andava na frente com as mãos no bolso e de cabeça baixa, eu estava atrás pensando na nossa conversa, eu não achava ele um caso perdido, achava ele muitas coisas, e nem todas eram coisas boas, mas um caso perdido não.

- Alec? - Eu decidi tentar concertar a situação, mas quando eu ia falar ele me interrompeu.

- Chegamos! - Eu vi que ele não queria continuar a conversa, e também já nem era a hora certa então eu passei por ele em silêncio e abri a porta.

- Entra, fica à vontade! - Ele passou por mim me dando um sorriso amarelo, enquanto eu fechava a porta atrás dele eu falei pra mim mesma. - Obrigado Mãe!!

Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App