A chuva caía em cortinas densas, batendo no teto do hospital como uma percussão frenética. Dentro do quarto privativo, o som era abafado, mas a tensão era palpável.
Matheus olhava pela janela, seu rosto iluminado pelas luzes azuis de dois SUVs pretos que acabavam de estacionar na entrada de serviço.
— É hora de ir — disse, sua voz era uma ordem suave, mas inquestionável. — Este lugar não é mais seguro.
Olívia, sentada na cama com Léo dormindo em seu colo, ergueu os olhos. O soro havia sido retirado, mas a palidez e o leve tremor em suas mãos permaneciam.
— Para onde?
— Para um lugar que nem eu sei o nome até chegarmos lá. Protocolo Fênix. — Matheus se virou para ela. — Ian o ativou. É o plano de contingência máximo. Significa que o perigo é iminente e interno.
Olívia aninhou Léo mais perto. A criança dormia exausta, seu rosto pacífico um contraste brutal com o caos ao redor.
— E Ian? — ela perguntou, sua voz quase sumindo no ruído da chuva.
O rosto de Matheus se fechou.
— Ele está… r