Saulo Prado
Angelina me enfrentou com aquele olhar verde que me enlouquecia.
- Eu não posso parar, Saulo. Do que vou viver? Do que vou sustentar os meus filhos?
A voz dela tinha firmeza, mas eu sentia a vulnerabilidade escondida. Epu ajeitei Atlas na cama, febril, e quando ela tentou pegar Adson, nu e frágil, eu segurei seu braço.
- Fique em casa, Angel. Me deixe cuidar de vocês.
Ela riu, incrédula.
- Não é o certo. Não é só sobre os meninos. É sobre mim, sobre a nossa vida.
- Eu arco com tudo. - insisti, sem soltá-la.
Ela arqueou a sobrancelha, provocante.
- Não, Saulo. Você tem uma esposa...
- Não tenho mais. - avancei, a voz firme. - Francesca pediu o divórcio. Voltou para Sobral.
Os olhos dela brilharam de surpresa.
- Poxa, Saulo...
- Não lamente. Eu nunca a quis. Só quis você. - meu olhar desceu para sua boca, e voltei a fitar seus olhos. - Angel, eu nunca deixei de amar você.
Ela tentou desviar, mas eu toquei suas costas, sentindo seu perfume me dominar.
- Tivemos filhos l