- Eu pedi para você protegê-la, não para roubá-los. - Minha voz saiu cortante, cada palavra carregada de raiva, enquanto o homem seguia atrás de mim, impassível.
- E eu protegi, cuidei, não sabia que você não tinha noção do que acontecia com eles. Até estranhei quando você mandou tirar um deles, para proteger a Frantesca. - Olhei para Diogo, amargurado. Eu não fazia ideia de nada.
- Para mim, ela estava com um cisto. O médico disse que era... - disse entre dentes, tentando engolir a frustração.
- Era sua obrigação me contar. Achei que éramos amigos, Diogo. - Minha voz falhou um pouco, o peito doendo.
Ele me olhou, firme, mãos nos bolsos da calça preta.
- E somos. Nunca toquei na sua mulher, nunca percebi interesse algum... e nu... - respirou fundo - eu até senti, tá, não vou mentir, a Angelina é bonita, e quando a barriga cresceu, mexia comigo. Mas não era por ela. Perdi minha mulher, perdi meus filhos dentro da barriga dela. Acompanhar tudo isso foi doloroso, Saulo... mas não, nunca