Mundo de ficçãoIniciar sessãoDepois do transplante, cada dia era uma conquista silenciosa e uma esperança que não podia ser medida. Jimi seguia em isolamento absoluto. Eu permanecia com ele o tempo todo. Saudade era uma palavra que não cabia mais no peito. Não havia um dia em que eu não pensasse em Simone, Aster, Flávia... e “nele”.
Quando o médico avisou que as visitas pelo vidro estavam liberadas, senti como se um mínimo de normalidade pudesse voltar à minha vida.
— Ele pode escolher quem quer ver primeiro — explicou a enfermeira, com gentileza.
Achei que Jimi fosse pedir por Simone, embora meu coração já soubesse de antemão sua escolha. Meu filho virou o rosto na minha direção, sério, com aquela maturidade que a doença roubou da sua infância:
— Eu quero ver o meu pai.
Meu coração bateu mais for







