Ninguém me avisou que o amor por um filho podia doer tanto.
Não aquela dor de perda ou medo.
Mas a dor de olhar para um ser tão pequeno, tão dependente, e sentir o coração sair do peito toda vez que ele respira, chora ou sorri dormindo.
Theo nasceu como uma explosão de luz numa sala fria.
E desde então, tudo mudou.
Inclusive eu.
Os dois primeiros dias no hospital foram um borrão de emoções, visitas, exames, tentativas frustradas de dormir e aprender como ser mãe na prática.
A enfermeira me mostrou como amamentar.
A pediatra me explicou sobre cólica, sobre o sono leve dos recém-nascidos.
E Gabriel…
Gabriel estava lá.
O tempo todo.
Sem invadir.
Sem querer ditar nada.
Apenas ali.
Silencioso, presente, quase em adoração por mim e por Theo.
Voltar para casa com Theo nos braços me pareceu assustador.
Era como se eu estivesse carregando um milagre e, ao mesmo tempo, uma responsabilidade que eu nunca imaginaria ter coragem de assumir.
Marina nos ajudou a organizar tudo, e Gabriel mont