Olivia permaneceu com a testa encostada na dele por alguns segundos, sentindo o calor da proximidade e a segurança que aquilo lhe transmitia. O silêncio era confortável, mas havia algo que martelava em sua mente fazia algum tempo — e talvez aquela fosse a hora certa.
— Salvatore… — ela começou, num tom hesitante.
— Hm? — ele respondeu, sem se afastar, a voz baixa e calma.
— Você nunca me contou nada sobre a sua família.
Ela sentiu o corpo dele enrijecer levemente — quase imperceptível… mas não para Olivia. O silêncio que se seguiu foi diferente dos anteriores: não era mais acolhedor, mas tenso. Ele afastou o rosto devagar, os olhos castanhos escurecendo um pouco enquanto encarava o chão por um instante.
O silêncio se estendeu por alguns segundos antes que ele finalmente respondesse:
— Não é algo que eu costumo compartilhar — murmurou, como se estivesse tentando se proteger.
Mas Olivia esperou — e ele enfim cedeu.
— Entrei pro exército cedo demais. Tinha dezessete ano