Olivia dirigiu sem pensar muito, as mãos trêmulas no volante e o coração acelerado pelo que acabara de acontecer. Tudo nela doía, o braço, a cabeça, a alma. Mas havia apenas um lugar onde queria estar agora, onde sabia que encontraria paz: com Salvatore.
Quando chegou à base, já era noite. O portão de segurança foi liberado assim que ela se identificou, e um dos soldados a informou que Salvatore estava de serviço, mas terminaria dali a pouco. Olivia esperou do lado de fora, sentada no capô do carro, envolta no silêncio da noite e nas batidas descompassadas do próprio coração.
Minutos depois, Salvatore apareceu, vindo do prédio administrativo. Ao vê-la ali, parou imediatamente. A expressão cansada desapareceu num instante, substituída por preocupação.
— Olivia? — ele se aproximou, olhando-a de cima a baixo. — Aconteceu alguma coisa?
Ela apenas balançou a cabeça, tentando conter a emoção. Mas, quando ele chegou mais perto e ela fez menção de se levantar, o movimento expôs o roxo no