A noite caía firme sobre a cidade, e Salvatore já havia encerrado seus deveres na base. O treinamento com os soldados tinha sido exaustivo, mas produtivo. Os cumprimentos, os apertos de mão, os sorrisos respeitosos — todos pareciam reconhecer o que ele havia enfrentado no Afeganistão. Mas, no fundo, ele só queria chegar em casa.
Salvatore girou a chave na porta do apartamento e entrou, sentindo o silêncio preenchê-lo como um velho conhecido. Deixou as chaves sobre o balcão, largou a mochila no chão e respirou fundo. Estava em casa. Mas não completamente.
Fechou a porta atrás de si, e por um instante ficou parado no meio da sala. O ar ainda carregava um leve perfume floral, o mesmo que sentira naquela manhã, no travesseiro ao lado do seu. O cheiro de Olivia ainda estava ali, impregnado nas cortinas, nos lençóis, em sua pele. Era como se uma parte dela ainda permanecesse, resistindo à ausência.
Passou as mãos pelos cabelos, cansado, mas com um sorriso discreto no rosto. Pegou o ce