Ao despertar com os primeiros raios de sol atravessando a cortina semiaberta, Olivia levou um tempo para entender que estava sozinha. A ausência do calor do corpo de Salvatore ao seu lado era a primeira evidência. Mas havia algo reconfortante no ar — o cheiro de café fresco.
Ela se levantou devagar, ainda sentindo no corpo os vestígios da noite anterior, e só então notou a bandeja cuidadosamente deixada no criado-mudo. Sobre ela, uma xícara fumegante, o aroma forte e aconchegante, e ao lado, dobrado com precisão quase militar, um bilhete.
Com os olhos ainda sonolentos, ela pegou o papel antes mesmo de tocar na bebida. Desdobrou com calma, e ali, na caligrafia firme e ligeiramente inclinada de Salvatore, estavam as palavras que fizeram seu coração bater mais lento e forte ao mesmo tempo:
“Preparei o café do jeito que você gosta.
Não quis te acordar — parecia em paz.
Tenho que voltar para a base.
Mas deixo contigo tudo o que sou.
— S.”
Olivia sorriu, os olhos marejando e