O céu mudou em questão de segundos. Um assobio cortante rasgou o ar, seguido por uma explosão tão forte que o chão tremeu sob os pés dos soldados. Terra e estilhaços voaram em todas as direções. O primeiro impacto acertou a retaguarda — onde estavam os caminhões de apoio.
— Bomba! Cuidado! — gritou um dos soldados, atirando-se ao chão.
Salvatore caiu com força ao lado de um bloco de concreto, protegendo o rosto com o antebraço enquanto a onda de choque varria o campo. Os gritos começaram logo depois. Um chamado desesperado por socorro, o barulho de corpos sendo jogados contra o solo, e o som abafado do rádio tentando continuar ativo em meio à interferência.
— Aqui é o soldado Ferraro! Capitão, fomos atingidos! Preciso de ajuda no flanco leste!
— Fiquem nas posições! — berrou Salvatore pelo rádio. — Ninguém se move até confirmarmos se o bombardeio cessou!
Mas não cessou.
O segundo ataque veio em seguida, mais forte. Uma explosão tão próxima que atirou dois soldados para trá