O motor do caminhão rugia sob os pés dos soldados. Salvatore subiu na cabine, sentando-se ao lado do motorista, mas sua mente já estava quilômetros à frente. O rádio chiava intermitente, vozes se sobrepondo, comandos, coordenadas. Ele pegou o transmissor e pressionou o botão.
— Aqui é o Capitão Salvatore. Esquadrão Alfa preparado para deslocamento. Câmbio.
A resposta veio rápida, com o som estático por trás:
— Central confirma. Permissão para avançar concedida. Boa sorte, capitão. Câmbio final.
Ele colocou o rádio de volta no suporte, olhou pelo retrovisor para os homens no compartimento traseiro, todos prontos, concentrados, silenciosos. O veículo começou a se mover, sacudindo com o terreno irregular.
Salvatore quebrou o silêncio da cabine com um murmúrio quase inaudível:
— Sem margem para erros.
O motorista, um rapaz jovem chamado Fede, o olhou de canto.
— O senhor sempre parece calmo antes das missões, capitão. Como consegue?
— Eu não estou calmo, Fede — respondeu