Salvatore ficou alguns segundos parado com o celular ainda na mão, mesmo depois de encerrar a ligação. O nome dela ainda pulsava em sua mente, como uma lembrança insistente que ele tentava ignorar. Mas era inútil.
Ele estava sentado no banco de um jipe militar, o motor já ligado, a poucos quilômetros da pista de decolagem onde o helicóptero o aguardava para a próxima etapa da missão. Viena. Era para lá que estava indo, para seguir as novas pistas sobre Voronin. E, mesmo com o coração dividido, sua mente se mantinha focada.
Ele passou a mão no rosto, sentindo o cansaço pesar em cada músculo. Não dormia direito desde o resgate. Cada vez que fechava os olhos, via Olivia naquela cadeira, os pulsos feridos, a expressão exausta. E a fúria voltava, cravando-se em sua alma como uma lâmina.
— Está pronto? — perguntou um dos agentes da equipe especial, se aproximando.
Salvatore assentiu, sem hesitar.
— Vamos.
O jipe arrancou em direção à pista, e o vento forte começou a bagunçar o uniform