A neve fina começava a cair quando Salvatore dobrou a última esquina em direção ao endereço de Yelena Antonova. O lugar não era o que esperava. Ao invés de um esconderijo discreto, ele se deparou com uma construção antiga de dois andares, fachada de madeira escura, luzes apagadas e janelas vedadas com cortinas pesadas.
Ele se aproximou com cautela, os passos silenciosos sobre a calçada úmida. O silêncio do entorno era perturbador — nenhum som de televisão, nenhum ruído vindo de dentro, nem sequer um cachorro latindo nas redondezas. Tudo parecia propositalmente... morto.
Encostou-se à lateral da casa e observou pelas frestas da cortina de uma das janelas laterais. Dentro, um corredor estreito e escuro. Nada. Mas ele conhecia o cheiro do perigo. O lugar podia estar vazio, ou prestes a explodir.
Seguindo por trás da casa, encontrou uma porta de serviço mal trancada. Bastou uma leve pressão e ela cedeu. A arma firme em mãos, ele entrou.
O ambiente era escuro, mas os sentidos de Salvat