O frio do chão de pedra penetrava pelos joelhos de Olivia. Estava em um cômodo pequeno, mal iluminado, com paredes úmidas e sem janelas. Suas mãos estavam amarradas para trás com uma fita plástica apertada, que cortava sua pele a cada movimento. A cabeça doía — não sabia se era pelo golpe que levara ao tentar escapar ou pelo medo que queimava por dentro.
Viktor havia sumido depois que a trancou ali. O silêncio era quase ensurdecedor. A última coisa que lembrava com clareza era o som abafado de um tiro... o corpo de um dos seguranças caindo ao chão... e o gosto de desespero invadindo sua garganta.
Ela respirava rápido, o coração acelerado, mas os olhos permaneciam abertos, atentos. Não podia se dar ao luxo de ceder ao pânico.
"Se ele te trancou, é porque ainda precisa de você viva."
Era o único pensamento racional que conseguia sustentar.
Tentou puxar as mãos com força, procurando uma forma de escapar da amarra, mas a dor foi imediata. Suas lágrimas escorreram silenciosas. Não de