Nesse momento, Henrique voltou, equilibrando uma garrafa d’água e uma xícara fumegante.
— Entendi tudo no caminho — disse, sorrindo de leve. — Você só quis me tirar da sala pra conversar com ele, não é?
Helena sorriu, cúmplice. — Te conheço há tempo demais pra esconder alguma coisa.
Henrique se sentou ao lado dela. — São anos de casados, meu amor. Sei quando está prestes a fazer perguntas que não vai gostar das respostas. Mas aproveitei pra trazer seu chá. Você nunca come quando está nervosa, mas sempre toma chá.
Ela pegou a xícara com um sorriso agradecido. — Obrigada, Henrique. Eu realmente precisava.
Ele passou a mão no cabelo dela com ternura e olhou para Gustavo. — E então? Ela pode ver o filho?
— Pode sim. — Gustavo se levantou. — Vou pedir pra uma enfermeira acompanhá-la até a UTI.
Helena respirou fundo e se ergueu, firme. O coração batia acelerado, mas havia fé em seu olhar.
Quando a enfermeira abriu a porta, o som dos monitores invadiu o corredor. O ambiente era frio, mas ela