O jantar prosseguiu em um clima surpreendentemente leve, contrastando com a tensão inicial de Isadora. A mesa de jantar dos Duarte estava impecavelmente posta: louças de porcelana fina, taças de cristal e arranjos de flores frescas que perfumavam discretamente o ambiente. Helena fazia questão de guiar a conversa por caminhos tranquilos, incentivando risadas e pequenas confidências, enquanto o senhor Duarte, de semblante naturalmente sério, aos poucos se rendia à simpatia da jovem.
— Preciso admitir, Isadora — disse ele, entre um gole de vinho e outro —, raramente vejo meu filho tão disposto a sorrir. Isso é mérito seu.
Isadora corou, segurando discretamente a mão de Rafael por baixo da mesa.
— Acredito que é mérito dele também. Rafael me ensina, todos os dias, a enxergar a vida de uma forma diferente.
Rafael lançou-lhe um olhar cúmplice, cheio de ternura.
— Não acredite tanto nela, pai. É ela quem me mostra que ainda existe luz depois das tempestades.
Helena sorriu satisfeita, seus ol