O sol de fim de manhã atravessava as ruas arborizadas da zona nobre da cidade, banhando de dourado os prédios elegantes que se alinhavam até a mansão da família Duarte. No carro, Isadora observava a paisagem pela janela, tentando disfarçar o frio na barriga. A cada quilômetro que se aproximavam, o coração dela batia mais rápido. Rafael, atento ao volante, notou a inquietação e pousou uma das mãos sobre a dela.
— Está nervosa? — perguntou em tom sereno, sem tirar os olhos da rua.
— Um pouco — confessou, sorrindo de canto. — Conhecer os pais do companheiro não é exatamente uma tarefa simples.
— Isa… — ele apertou levemente os dedos dela. — Eles vão adorar você. Principalmente minha mãe.
— E o seu pai? — questionou, arqueando a sobrancelha.
Rafael suspirou, mantendo o olhar fixo adiante. — Ele é mais reservado, mas no fundo tem um coração enorme.
A resposta não dissipou totalmente a tensão dela, mas trouxe algum alívio. Minutos depois, o carro estacionou diante de um portão de ferro orna