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Capítulo 4 - Ecos de Um Recomeço

— Fica tranquila, amiga. Você não está sozinha. Eu e Diego estamos aqui, somos sua família, e jamais vamos abandonar-te. Quando eu ver esse Rodrigo, vou xingar ele todinho! Rodrigo já perdeu Você. Agora é hora de se encontrar.”

Isadora sentiu o calor daquele abraço como um refúgio contra a tempestade que ainda pairava sobre a sua vida.

Isadora então olha para o bar, respira fundo e diz:

"Não sou mais a mulher que entrou aqui hoje.”

Por alguns minutos, ficaram ali apenas rindo e falando bobagens, deixando o mundo lá fora.

Mas, no fundo, Isadora sabia que a decisão mais difícil ainda estava por vir: o pedido de divórcio.

Ela suspirou e olhou para Laura.

— Eu vou pedir o divórcio, Laura. Não posso mais continuar assim. Preciso recomeçar, e para isso, preciso virar essa página de vez.

Laura concordou, firme.

— E vai ter toda a minha ajuda. Você não vai passar por isso sozinha.

As 19h sobe ao palco um rapaz moreno, discreto mais elegante com uma voz grave, Isadora estava perdida nos seus pensamentos quando ele começou cantar com um timbre que ainda ecoava no coração... A melodia parecia ter sido feita para ela, como se ele soubesse o que ela estava sentindo e de repente ela levantou o olhar e encontrou o olhar dele, ao notar que ela o olhava ele deu um leve sorriso de canto.

Isadora sem entender achou que estava vendo coisa, que era uma forma dele agir ao palco, então ela voltou a pensar no homem misterioso daquela noite e aquela sensação de esta sendo vigiada voltou, ela olhou ao redor mais não viu nada então focou na música e deixou toda a dor de lado por um instante.

O bar começou a encher, as luzes ficaram mais intensas e a música ao vivo começou a preencher o ambiente. Para Isadora, aquele era o primeiro passo para uma nova vida. E, com uma amiga ao lado, tudo parecia um pouco menos assustador.

Por volta das 21h, sentiu um arrepio. De relance, viu uma sombra familiar entre a multidão. Tentou acompanhar, mas as luzes e a movimentação a impediram.

— Amiga — disse Laura alheia ao que sua amiga estava passando, apontando para o palco ela disse —, o cantor gato não para de te olhar!

Isadora riu, mas o arrepio continuava. Sentiu um olhar frio, mas não encontrou ninguém. Pensou que poderia ser o efeito do Álcool. Decidiu ir à casa de banho.

— Amiga vou ao toalete... — Disse Isadora

— Quer que eu vá com você, Isa? — perguntou Laura.

— Não amiga obrigada, já volto — respondeu Isadora indo em direção à casa de banho.

Ao se aproximar a casa de banho, parou subitamente ao ouvir uma voz familiar. Ela levantou o olhar e lá estava quem ela não queria ver. Numa mesa afastada, viu Rodrigo todo impecável no seu terno e ao lado dele, nada mais nada menos que ela, a oferecida de sua amante, com quem ela o pegou no seu escritório. Ele não a percebeu, mas a mulher a viu. E com um sorriso malicioso se aproximou falando algo no ouvido de Rodrigo, ela não ouviu mais viu a expressão de malícia no rosto deles. Isadora resolveu sair dali e fazendo o maior esforço para segurar as lágrimas que ameaçavam cair.

Ali, diante dela, estava o homem que ela precisava esquecer — agindo como se ela nunca tivesse existido.

E naquele instante, tudo mudou, ela perdeu o último fio de esperança que ainda acreditava ter para salvar esse casamento falido.

Ela tentou se recompor, mas por dentro, sentia-se como uma casa desmoronando em silêncio. Era como se cada olhar cúmplice entre Rodrigo e a amante arrancasse um pedaço do que ainda restava dela.

Quando se virou para sair, com a visão turva pelas lágrimas que teimavam em cair, Isadora caminhou apressada sem olhar para os lados — e então, o inevitável aconteceu.

O seu ombro bateu com força contra o peito de alguém.

O impacto a fez cambalear um passo para trás, desequilibrada, mas antes que caísse, mãos firmes seguraram os seus braços com delicadeza.

— Ei... — disse uma voz grave, serena, quente — você está bem?

O tempo pareceu desacelerar.

Isadora ergueu os olhos, ofegante, e deu de cara com ele: o cantor do palco. O mesmo que a havia encarado minutos antes com um olhar que parecia atravessar a sua alma. Agora, mas perto, ela podia ver cada detalhe o brilho escuro dos olhos dele, o queixo marcado, a barba por fazer, o ar intrigante de quem carrega histórias demais no olhar.

Ela tentou responder, mas nada saiu. Apenas balançou a cabeça, engolindo o nó que a sufocava.

— Desculpa — murmurou, a voz rouca, quase inaudível, soltando-se das mãos dele e apressando o passo para longe.

Mas ele foi atrás. Não de forma invasiva, mas com o instinto de quem reconhece a dor mesmo em silêncio.

Isadora afastou-se até o lado de fora do bar e encostou-se à primeira árvore que encontrou. O ar frio da noite tocou o seu rosto molhado, e ali, sem conseguir mais conter, ela desabou.

As lágrimas escorriam livres.

Thiago claramente percebeu que ela está quebrada, mas não faz perguntas, apenas oferece presença.

Segundos depois ele apareceu — e não disse nada. Ficou a poucos passos de distância, apenas observando. E então, lentamente, se aproximou.

— Chorar às vezes é necessário — disse ele, com uma calma acolhedora. — Mas só vale a pena quando é por alguém que mereça cada lágrima. E, sinceramente? Ele não merece nenhuma.

Isadora ergueu os olhos, surpresa.

Era ele.

Era ele quem ela havia esbarrado naquela noite estranha. Não podia ser coincidência. Era... ele. Ela conseguiu segurar um pouco as lágrimas e disse:

— Obrigada, preciso voltar...

— Tem certeza que está pronta para voltar? — Disse Thiago levantando a mão para ela e se apresentando — Sou Thiago Avelar, prazer.

— Prazer, Isadora Monteiro — Disse ela segura a sua mão.

Ele então levantou um lenço, oferecendo para secar as lagrimas — Pegue, os seus olhos são lindos para ficarem a transbordar... — Disse ele.

— Obrigada... — Disse ela um pouco sem graça, sentindo a sensação de vigilância novamente ela levantou o olhar, olhando ao redor mais não viu nada. De repente ouviu uma voz familiar.

— Isa! — Disse Laura saindo na sua direção — Amiga o que aconteceu?

Laura aproximou-se apressada, com o rosto marcado pela preocupação.

— Isa! Eu fui à casa de banho procurar-te, você demorou e achei que tinha passado mal… Mas como não te vi lá dentro, resolvi sair para te ligar e… encontrei-te aqui. O que aconteceu, amiga?

Isadora respirou fundo, tentando recuperar o fôlego emocional.

— Eu… Eu ia à casa de banho, só isso. Precisava recompor-me, sabe? Mas... — a sua voz falhou, os olhos marejaram novamente. — Eu vi, Laura. Vi o Rodrigo aqui. Com a amante. Sentados juntos, rindo… Como se nada tivesse acontecido. Como se eu nunca tivesse existido na vida dele.

Laura arregalou os olhos, indignada.

— Ele... Ele está AQUI? Com aquela mulher?

— Estava. Lá dentro, no canto direito do salão. Ela viu-me primeiro, sussurrou algo para ele, e os dois sorriram, como se estivessem se divertindo às minhas custas. Eu não consegui... não consegui nem respirar. Só queria sumir. Saí correndo antes que ele me visse.

— Filha da mãe — sussurrou Laura, com raiva. — Você não merecia isso. Ele está brincando com a sua dor como se fosse qualquer coisa. Mas você fez certo em sair. Não se rebaixe. Não dê esse poder a ele.

Isadora assentiu, enxugando os olhos com o lenço que ainda segurava.

— Eu só quero ir embora, Laura. Esse lugar… esse dia… já foi demais para mim.

Laura envolveu a amiga pelos ombros, puxando-a num abraço firme.

— Vamos sim. Eu vou chamar o Diego agora. E ó… amanhã a gente se tranca em casa, assiste um filme ruim e toma gelado. Mas hoje, a gente vai embora de cabeça erguida. Porque você não é mais a mulher que se escondia na sombra dele. Entendeu?

Isadora soltou um meio sorriso, mesmo com o coração em pedaços.

— Entendi. Vamos.

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