A raiva latejava nas têmporas de Rafael enquanto ele encarava a tela do celular. A mensagem de Gustavo ainda acesa: “Tá achando que coração de gelo vai segurar isso? Dá seus pulos.” O coração dele se apertou ao lembrar da notificação que havia visto mais cedo no celular de Isadora — o nome de Thiago acendendo como um aviso incômodo.
— Onde é isso? — digitou, seco.
Em segundos, Gustavo enviou a localização. Sem pensar duas vezes, Rafael pegou as chaves do carro. Ao passar pela porta, bateu-a com força. Marina, a governanta, que dobrava roupas no quarto dele, saiu assustada até o corredor.
— Senhor Rafael? Está tudo bem? — perguntou, mas ele já havia sumido pelo elevador. Preocupada, balançou a cabeça e voltou ao quarto para terminar de organizar a mala dele.
Dentro do carro, Rafael dirigia feito um furacão. As mãos cerradas no volante, o maxilar trincado. A imagem de Isadora sorrindo, com aquele maldito, repetia como uma provocação em sua mente. O peito queimava num misto de ciúmes, co