Isadora já estava deitada, tentando dormir, mas ainda inquieta, preocupada com Rafael. Quando viu a tela do celular acender com o nome dele, seu coração acelerou. Atendeu rapidamente.
— Alô? Rafael?
Do outro lado, nenhum som. Apenas uma respiração ofegante.
— Rafael, está me ouvindo? Onde você está? Está bem?
Depois de alguns segundos, a voz dele veio rouca, cansada, carregada de dor:
— Me desculpa...
Isadora se sentou na cama, confusa.
— Desculpar por quê? O que houve?
— Eu... eu sei que te machuquei... aquela hora... não é o que você pensa...
Ela foi pega de surpresa pela confissão dele. O tom de sua voz a fez lembrar da cena mais cedo, com a tal noiva no colo dele.
— Não se preocupe, senhor. — respondeu, tentando manter a voz firme.
— Me desculpa... — repetiu ele, a voz mais fraca.
— Rafael... você bebeu?
Houve um silêncio breve antes da resposta.
— Desculpa... boa noite...
E a ligação caiu, deixando Isadora com um aperto no peito e um turbilhão de perguntas sem respostas.
No banco