Margarida
Minha barriga está cada dia mais pesada e eu me sinto mais ansiosa. Ronaldo tem trabalhado muito para que, quando chegar o último mês de gestação, possa ficar em casa comigo.
Eu e Anna decidimos passar em uma loja para buscar mais artigos de bebê. Ela ainda estava montando o enxoval e me pediu ajuda.
A loja estava cheia de cores suaves, prateleiras organizadas com roupinhas minúsculas, sapatinhos que mais pareciam de boneca e uma infinidade de objetos que, só de olhar, já despertavam aquele instinto de cuidado. Anna, com a mão na própria barriga, suspirou encantada.
— Não sei como você conseguiu escolher tudo para o seu bebê sem surtar antes — disse ela, rindo. — Eu olho para essas prateleiras e sinto vontade de levar tudo.
— Eu surtei, sim — respondi, rindo junto. — A diferença é que Ronaldo ficava atrás de mim dizendo: “Você não precisa de trêsberços diferentes, querida" — imitei.
Anna gargalhou e depois olhou para uma arara de macacõezinhos neutros, em bege e branco