Ronaldo
Eu precisava trabalhar, e alguns assuntos não podiam ser resolvidos de casa. Tive uma manhã tão cheia de tarefas que, quando chegou a hora do almoço, parecia que não comia há dias.
Decidi ir para casa. Não tinha reuniões e nem precisaria assinar nada presencialmente. Liguei para Margarida e avisei que já estava de saída.
Outro dia, encontrei-a na entrada da floresta atrás da casa. Ela olhava fixamente para a parte onde o fogo havia consumido as árvores, com um olhar pensativo e desconfiado. Isso me deixou preocupado por todos esses dias, então, eu fazia o possível para passar mais tempo com ela e Emma.
Entrei no elevador e apertei o botão para o subsolo, rumo ao estacionamento. O local estava vazio, já que os seguranças que me acompanham ficam na entrada, observando quem entra e quem sai.
Quando dei o segundo passo em direção ao carro, senti um movimento nas minhas costas. Poderia não ser nada, mas mantive a calma e continuei olhando para o celular, fingindo distração. En