Margarida
Estávamos todos assustados com o que estava acontecendo, e saímos para o jardim, tentando ver, pelos fundos da propriedade, o nível do fogo. Felizmente, quando chegamos lá fora, os bombeiros já estavam no local e faziam seu trabalho.
Ronaldo estava de costas para mim, conversando com um dos homens; sua postura séria e calma, de alguma forma, também conseguiu me acalmar.
Horas depois, os bombeiros foram embora e ficamos do lado de fora, observando o estrago.
— Não entendo. — minha sogra comentou, confusa. — Já aconteceu algo assim antes?
— Não, e nem era para ter acontecido dessa vez. — respondeu Ronaldo. — Vamos entrar, não há mais risco.
Quando entramos, em silêncio, encontrei Emma sentada no sofá, chorando. Ao ver Ronaldo, ela correu para se jogar nos braços dele.
— Ei, amor, o que houve? — meu marido perguntou, acariciando seu rosto.
— O papai estava lá fora e tinha fogo… eu fiquei com medo do senhor se machucar e não voltar… — disse, fazendo biquinho antes de vo