Margarida
A vergonha ainda me queimava sob a pele desde o instante em que acordei. Tentar explicar para Ronaldo que tudo não passava de um sonho... foi constrangedor. Ele ficou visivelmente preocupado, como se eu tivesse passado a noite em um pesadelo que ele não pôde alcançar.
Agora, sozinha no quarto, me vestia com o vestido escolhido por mim e pela mãe dele. Só de lembrar do momento em que experimentamos juntas, meu coração se aquecia. O grande evento havia chegado. E com ele, a ansiedade — não apenas por ser apresentada oficialmente como sua esposa, mas porque, depois do que aconteceu naquela manhã, estar ao lado dele ganhava um novo significado.
— Está tudo bem, Margarida?
— Sim… pode me ajudar a fechar? — pedi, tentando manter a voz firme.
A mãe dele entrou no quarto com a graça de quem já está deslumbrante. Aproximou-se e começou a fechar cuidadosamente o zíper do meu vestido. Sua expressão mudou quando terminou.
— Minha nossa... — sussurrou, os olhos brilhando.
— O quê? Está r