Ouvi um bipe insistente ao meu lado, minha cabeça parecia prestes a explodir. Com muita dor, comecei a abrir os olhos. Estavam pesados, e a vontade que meu corpo tinha era de deixá-los fechados.
Havia uma pessoa dentro do quarto, mexendo no aparelho. Arranhei minha garganta para tentar falar.
— Olá, Margarida. Que bom que acordou. — uma mulher abriu um sorriso enorme.
— Estou no hospital? — indaguei.
Minhas mãos pareciam estar grudadas na cama, e eu quase não consegui movê-las. Quando deslizei pela minha barriga e não senti a altura, congelei, aterrorizada.
— Cadê… cadê meu filho? O que aconteceu com meu filho? — questionei, as lágrimas já caindo em meu rosto. — Meu bebê... Eu quero meu filho.
Deus, por favor, não posso ter perdido meu bebê. Isso não. Que ele esteja bem.
Que ele esteja vivo.
Que ele esteja…
— Calma, ele está bem. Levamos para a incubadora. Ele nasceu algumas semanas antes do esperado, por isso ainda precisa passar um tempo lá. — explicou. — Seu marid