Augusto
Júlio Amaral estava sentado à mesa de um restaurante discreto, um daqueles lugares onde ninguém fazia muitas perguntas e onde as sombras eram tão acolhedoras quanto as paredes. Lucas estava ao seu lado, mexendo inquieto no copo de uísque à sua frente, enquanto Augusto, com um sorriso calculista nos lábios, os observava como se estivesse prestes a dar um xeque-mate.
— Eles já sabem que estamos por trás disso. — Júlio começou, apoiando os cotovelos na mesa. — O detetive do marido da Lara conseguiu rastrear as mensagens até você, Lucas.
Lucas bufou, passando a mão pelos cabelos.
— Ótimo. Agora estamos sendo vigiados.
— Relaxa. — Augusto interveio, com uma tranquilidade que irritava Lucas. — Isso só significa que precisamos agir mais rápido.
Lucas olhou de canto para Júlio, que bebia calmamente seu uísque, como se toda a situação não o afetasse.
— E qual é o plano, então? — Júlio perguntou, cruzando os braços.
Augusto sorriu, inclinando-se levemente para a frente.
— Está na hora