Luiza
O grito saiu da minha garganta como um rugido. A sala estava em silêncio até o momento em que o vaso que estava sobre a mesa voou contra a parede e se espatifou. Eu não conseguia controlar a raiva, o ódio fervendo no meu peito. Cada passo meu pela sala era um ataque contra os móveis. Joguei livros no chão, empurrei a cadeira, que bateu contra a estante. O som de vidro quebrando foi música para minha fúria.
— Incompetente! — gritei. — Ele foi incompetente! Eu só queria que ele matasse o meu irmão! Era simples, rápido, sem rastros! Mas não... aquele idiota deixou provas, deixou rastro por onde passou. E agora... agora ele tá preso. PRESO!
Meus olhos ardiam. Peguei a garrafa de vinho que estava em cima do aparador e arremessei contra a parede. Os cacos se espalharam pelo chão.
— E a desgraçada da Lara continua viva... o Alexandre também... e eu aqui! Tendo que limpar a bagunça que aquele inútil fez.
Sentei no sofá, com os ombros tremendo de raiva. Cruzei os braços, fechei os olhos