Guardiões do Amanhecer
Quando o sol despontou por trás das colinas, tingindo o céu de tons dourados e lilases, o Refúgio já estava em movimento.
O aroma de café fresco misturava-se ao canto dos pássaros e às risadas infantis que começavam a preencher os corredores.
Mas naquele dia, algo mais pairava no ar:
A chegada de Clara e Alfredo.
Eles surgiram na estrada de terra em uma caminhonete simples, com poeira nos pneus e olhares firmes. Clara desceu primeiro, ajeitando os cabelos presos num coque. Trazia consigo uma maleta de primeiros socorros e uma bolsa com seus cadernos de anotações. Alfredo, com a postura rígida de quem já enfrentou tempestades, vinha logo atrás, com os olhos atentos a cada canto do terreno.
Helena foi a primeira a recebê-los.
— Vocês chegaram na hora certa. Precisamos de mãos que saibam cuidar... e proteger.
Clara sorriu e a abraçou. — Cuidar sempre foi o que eu soube fazer de melhor. Só que agora, o cuidar vai além do remédio.
Giovana, que havia lido o