Juramento de Sangue e Amor
O silêncio era espesso na sala principal da Fazenda Feitiço do Sol Nascente.
Ainda se ouvia o estalo do papel das cartas sendo dobradas, como se o som carregasse o peso das palavras escritas por Laís e Gael.
As paredes pareciam respirar dor. Um vento leve passou pela janela, mexendo levemente as cortinas, como se o próprio tempo estivesse reverenciando aquela despedida.
Laura mantinha a carta de Laís junto ao peito, os olhos completamente marejados. Seus lábios tremiam, mas ela permanecia calada, como se cada palavra estivesse sendo reorganizada dentro dela antes de emergir.
Luna se ajoelhou ao lado da mãe, apoiando a cabeça em seu colo. As duas se abraçaram com força, e então o choro veio em ondas, profundo, carregado de mágoas represadas há anos.
Laura acariciava os cabelos da filha com ternura desesperada, como se, naquele toque, buscasse alcançar o tempo perdido.
— Ela...
—Ela ainda pensava em mim. Sussurrou Laura, num fio de voz.
— Mesmo