— Só conta para eles, Cleo, conta quem é o verdadeiro pai do bebê...
— Você está agindo como se meu bebê fosse um problema, mãe. Você mesma disse que a matilha inteira estava do meu lado... que não se importava com quem era o pai.
— Humano ou não, você ainda vai ter um bebê sem um companheiro... — As palavras dela são como centenas de flechas atravessando meu peito.
— Rosa, você não disse isso... — Papai, chocado, olha para ela como se tivesse levado um tapa no rosto.
— Não finja que não é isso que você está pensando... — Ela solta entre dentes, os olhos brilhando com a luz da loba.
— Claro que não. Nós dois, mais do que ninguém, sabemos que nosso passado não nos define. — A voz dele é baixa, mas carrega uma advertência clara para minha mãe.
— Eu não tenho um companheiro.
— Tem sim. Todo mundo tem um companheiro, você só não quis esperar, quis? Precisou sair por aí e acabar grávida...
— Rosa! — O rugido do papai explode pelo quarto com tanta força que eu preciso conferir se não é para